Para sempre é demasiado tempo
em que a água por debaixo da ponte deve correr
são passadas noites, dias e relentos
até quando o fim chegar de viver
É ao horizonte que se esconde o destino
distante dos braços fortes de um jovem sonhador
aquele que outrora já foi menino
ainda longe está das mãos do velho senhor
Nada alcança o amanhã
nem a estrela do profundo olhar sereno
a gota de orvalho na insignificante folha de hortelã
ou o cerrar dos lábios ao contrair doce veneno
O relógio, a ampulheta ou o sol
nada predestina o seguinte instante
não mostra o caminho o frondoso farol
nem o segredo de felicidade constante
É arte saber que a única certeza
que na vida todos em comum têm
precedida por instantes de digna beleza
a morte, que a todos nos convém
Por Yago L. Marcelino
sábado, 26 de março de 2011
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